12 de Outubro
A História mais autêntica e admirável do encontro da imagem milagrosa por
pescadores; graças e benefícios provenientes da maternal e poderosa intercessão
junto a DEUS; Basílica Nova, Santuário Nacional; informações preciosas para
romeiros, peregrinos e visitantes.
OS JESUÍTAS
Desde o descobrimento do Brasil uma nova força encheu de esperanças a Coroa
Portuguesa, para conseguir êxito na colonização das terras descobertas. Era
a força espiritual, representada pelos padres da Companhia de Jesus (Jesuítas),
que apesar de recém-fundada, tinha conquistado a confiança do Rei Dom João
III, que decidiu dar-lhes auxílio e proteção.
Por isso os padres jesuítas tiveram a honra de iniciar no Brasil um profundo
trabalho catequético, com a ajuda da Monarquia Portuguesa. E com muita coragem
e disposição dedicaram-se à conversão e evangelização das ferozes e selvagens
tribos indígenas que povoavam nossa terra.
Dentre os muitos e audazes Padres que exercitaram heroicamente o ideal cristão
em terras brasileiras, mencionamos Padre Manoel da Nóbrega, Padre Navarro,
Padre Galvão e Padre José de Anchieta, que fundaram e trabalharam ativamente
nos núcleos de colonização, que hoje são notáveis e importantes cidades, como
São Paulo, Vitória, São Vicente, Anchieta e muitas outras.
A preocupação inicial era formar o povoado, construindo escolas, ambulatórios,
centro de catequese, a fim de facilitar a fixação e o enraizamento do índio
e de sua família, inclusive procurando catequiza-los no próprio idioma indígena.
Com este procedimento racional, os padres criaram condições favoráveis para
que as comunidades crescessem e se ampliassem.
Entre as diversas tribos existentes, algumas eram nômades, não se fixavam
por longo tempo em nenhum lugar. Por isso mesmo, mereceram uma atenção mais
especial dos Jesuítas, porque não permanecendo nos povoados, ao se deslocarem
para outras regiões geralmente levavam algumas pessoas que já residiam na
comunidade e causavam com a partida, um certo desânimo naqueles que permaneciam.
E foi assim que a perseverança admirável dos missionárias, depois de insistentes
tentativas, conseguiram vencer a resistência indígena e vagarosamente foi-se
observando um processo de fixação, fazendo com que eles assumissem os deveres,
obrigações e regalias no povoado sabiamente orientados pelos prelados. Organizaram
um esquema de trabalho permanente, que os mantinha os índios sempre ocupados,
produzindo para eles mesmos e para a comunidade.
Por outro lado, felizmente aquelas revoluções religiosas que ocorreram na
Europa no século XVI e causaram tanto mal, não afetaram e nem influenciaram
em nada, a nascente vida religiosa brasileira. O país nasceu sob o signo da
Cruz, fiel ao evangelho do SENHOR JESUS e submissa a hierarquia eclesiástica
apostólica romana, e assim continua até hoje. Em 1550 foi constituída a Diocese
da Bahia e em 1575 fundada a Diocese do Rio de Janeiro. Hoje, o Brasil possuí
dezenas de Arquidioceses, centenas de Dioceses, dezenas de Prelazias, diversas
Eparquias e mais de 10.000 Paróquias espalhadas por todo o território nacional.
OS BANDEIRANTES
No alvorecer do século XVIII, os povoados já apresentavam um notável crescimento
e o comércio era intenso pela multiplicidade de transações, movimentando e
estimulando os habitantes que buscavam a conquista e consolidação de uma boa
condição financeira. Foi quando também surgiu a "febre do ouro"
, uma procura nervosa e obstinada do precioso metal, alimentando a idéia e
o sonho em muita gente que queriam enriquecer de qualquer maneira.
A procura sistemática e corajosa, começou com os bandeirantes que partiam
de Taubaté, SP, em demanda ao interior agreste, detendo-se em muitos lugares,
onde imaginavam encontrar o ouro. Andavam pelos montes verdes e rochosos,
varando torrentes, escalando tombadouros, passando por divisores de água e
alcançando vales imensos, nos quais renascia sempre uma esperança de êxito,
de concretizar o objetivo de suas incursões, satisfazendo a ambição e a audácia.
O ciclo das esmeraldas tinha encerrado com a morte do destemido bandeirante
Fernão Dias. Agora era a vez dos bandeirantes José Gomes de Oliveira e seu
ajudante Vicente Lopes, que saíram do Rio Paraíba, próximo a Taubaté e foram
até as nascentes do Rio Doce em Minas Gerais, à procura de ouro. Depois veio
Antônio Rodrigues Arzão, que seguindo o mesmo caminho, encontrou areias auríferas
no Rio Casca. Depois vieram Salvador Fernando Furtado, Carlos Pedroso da Silveira,
Bartolomeu Bueno, Tomás Lopes de Camargo, Francisco Bueno da Silva e muitos
outros, que atingiram o cerro Tripui, criaram o primeiro povoado de Ouro Preto
e descobriram também numerosas jazidas em Mariana e no Rio das Mortes.
AS MINAS DE OURO
As notícias se espalharam ligeiras, afinal era uma surpresa agradável e prometedora
que excitou as pessoas e enervou todas as regiões do Brasil Colonial. Para
as minas acorreram gente de todas as classes, cores e níveis sociais, ansiosos
e cheios de esperança, vislumbrando a possibilidade de ganharem muito dinheiro.
As jazidas foram literalmente invadidas por homens, mulheres, crianças e idosos,
que largaram empregos e propriedades, para se aventurarem na extração do ouro.
Mas no meio de tanta gente, de pensamentos e instruções tão heterogêneos,
começou a acorrer o inevitável representado por mal-entendidos, discussões,
provocações, as pequenas brigas e os primeiros conflitos sérios entre os mineiros
antigos e os novos mineradores. O ambiente degenerou de tal modo, que culminou
com brigas violentas e muitas mortes, na longa e primitiva guerra dos "Emboabas".
A partir desta época, as dificuldades aumentaram para a maioria daqueles
que demandavam às minas, porque eram assaltados e roubados, perdiam as suas
economias e a condição mínima para poderem viver, por isso se sujeitavam as
exigências dos "aliciadores" de mão de obra, que impunham um trabalho
escravo com um máximo de empenho em troca de um salário reduzido. Também os
negros trazidos da África como escravos, nos famosos e detestáveis navios
negreiros e chegaram ao Brasil a partir do inicio do século XVI e mais precisamente,
desde o ano 1540, eram levados para as minas onde trabalhavam sem cessar,
para satisfazer a gula insaciável de enriquecimento de seus patrões. Suportavam
uma cruel tirania em benefício de poucas pessoas que comandavam o esquema
da extração mineral.
COROA PORTUGUESA
O Rei de Portugal tentou por diversas formas acabar com as brigas e criar
normas para a exploração do ouro, objetivando proteger as classes menos favorecidas
e garantir também a cobrança de seu imposto, que era de 1/5 sobre o total
extraído, ou seja, 20% da produção global de ouro. Com este objetivo determinou
que o metal fosse fundido em barras com o carimbo do Império, para serem autorizadas
a sua comercialização.
Todavia, diversos fazendeiros, principalmente no interior de Minas Gerais,
montaram instalações e adestraram um pessoal a fim de fazer a extração e o
beneficiamento do metal, objetivando fugir do pagamento do Imposto de 20%
(vinte por cento) exigido pelo Rei de Portugal. Dessa forma, eles fabricavam
nas suas fundições as barras de ouro e aplicavam um carimbo do Império falsificado
com tanta perfeição, que ninguém percebia e assim, comercializavam o ouro
sem qualquer dificuldade.
CAPITANIA DE SÃO VICENTE
Como o quadrilátero aurífero de Minas Gerais pertencia a Capitania do Rio
de Janeiro que territorialmente abrangia o atual Estado do Rio de Janeiro,
Estado de Minas Gerais e Estado de São Paulo, por carta régia de 9 de Novembro
de 1709, o Rei de Portugal desmembrou a Capitania em duas, mantendo a Capitania
do Rio de Janeiro onde está o atual Estado do Rio de Janeiro, e a Capitania
de São Vicente que abrangia os Estados de São Paulo e Minas Gerais.
Os portugueses esperavam que com esta divisão, pudessem manter um
maior controle sobre as minas e acabar de modo efetivo com as guerras e roubos,
a fim de que o povo: escravos, brancos e índios, não fossem completamente
explorados pela ganância irresistível de uma pequena classe privilegiada.
Artur de Sá foi o primeiro Governador da Capitania recém fundada de São Vicente
e logo, implantou com certo sucesso uma organização na exploração do ouro,
além de um severo policiamento para manter a disciplina e a ordem no garimpo.
Mas na realidade, conseguiu isto por pouco tempo. A cobiça era muito grande
e em conseqüência, oferecia uma perigosa margem para tramas diabólicas. Não
havia fraternidade e nem piedade, uns poucos ganhavam fortunas, enquanto a
maioria que realmente trabalhava, estava subjugada e escravizada. Para estes,
a única solução possível, para neutralizar o peso da escravidão e aliviar
os seus sofrimentos, era voltar-se para DEUS, com súplicas fervorosas, acompanhadas
de muitas lágrimas e muita fé, pedindo ao CRIADOR que lhes concedessem misericórdia
e justiça.
GOVERNADOR DA CAPITANIA
Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, homem de poucas palavras
e muito religioso, pertencia a uma das mais ilustres famílias do Reino Português,
tendo realizado em ocasiões diferentes, diversos serviços para o seu país,
na Europa e nas Colônias Portuguesas de Ultramar.
Nasceu em 1688, estudou artes militares e estreou muito jovem na carreira
das armas, lutando na guerra de sucessão na Espanha e depois, foi encarregado
de trazer de retorno à Portugal, a tropa militar Portuguesa, durante o armistício
que antecedeu a assinatura do tratado de Utrech.
Em 1716 concorreu com mais oito candidatos, atendendo ao convite da Coroa
Portuguesa, para provimento do cargo de Governador e Capitão Geral da Capitania
de São Vicente, no Brasil, cuja área abrangia os atuais Estados de São Paulo
e Minas Gerais. Venceu o concurso por suas inegáveis e admiráveis qualidades.
Em 22 de Dezembro de 1716, por despacho do Rei de Portugal, Dom João V, foi
nomeado para o posto, sendo o terceiro Governador na história da Capitania.
Além do título de Conde de Assumar, possuía outros: Comendador
da Ordem de São Cosme e Damião de Azere, Comendador da Ordem de Cristo do
Conselho de Sua Majestade, Vice-Rei das Índias, Marquês de Caste o Novo e
de Alorna, Sargento Mor de Batalha de seus Exércitos.
Antes de terminar o seu mandato governamental de 4 anos na Capitania de São
Vicente, no ano de 1720 desmembrou sua Capitania em duas, por causa da grandeza
do território, separando São Paulo de Minas Gerais, justamente definindo as
áreas que hoje são ocupadas pelos dois Estados.
O Conde embarcou em Lisboa para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em Junho
de 1717.
No mês de Agosto seguiu de navio para Santos, fazendo escala em Parati, onde
deixou sua bagagem, que foi transportada por terra para a Vila de Guaratinguetá.
De Santos viajou para São Paulo, a fim de tomar posse na sede da Capitania,
onde chegou no dia 4 de Setembro.
No dia 8 de Setembro, dedicado a celebração da Natividade de NOSSA SENHORA,
mandou um emissário levar às Minas, a Certidão de sua posse.
VIAGEM ÀS MINAS
A Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, nº 3,
de 1939, publicou nas páginas 295 a 316, o Diário completo da jornada feita
por Dom Pedro de Almeida, desde o Rio de Janeiro até São Paulo, e desta cidade
até as Minas em Ouro Preto e Mariana, no ano de 1717, um precioso documento
descoberto no Arquivo do Governo Português, em Lisboa.
No dia 26 de Setembro de 1717, mandou outro emissário às Minas, para avisar
a todos administradores de sua próxima visita. A viagem tinha como objetivo
primordial conhecer e verificar as condições de trabalho nas Minas de Ribeirão
do Carmo, hoje cidade de Mariana, nas Minas de São João Del Rei e de Vila
Rica de Ouro Preto.
No dia seguinte, saiu de São Paulo e rumou em direção ao Vale Paraíba, parando
primeiro em Mogi das Cruzes, depois em Jacareí, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba,
chegando à Vila de Guaratinguetá no dia 17 de Outubro e lá permaneceu até
o dia 30, esperando por sua bagagem que havia deixado em Parati para ser enviada
Guaratinguetá em tropa de animais, onde só chegou no dia 28.
VEREADORES PREPARAM UM BANQUETE
Aqui, é particularmente importante fixarmos esta data de 17 de Outubro de
1717, porque existia dúvidas sobre a data exata da chegada de Sua Excelência,
o Governador da Capitania, a Guaratinguetá. A mencionada Revista do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, publicando o Diário completo da viagem, eliminou
definitivamente todas as controvérsias sobre a data.
Na véspera, a Câmara Municipal contratou diversos pescadores para trazerem
uma boa quantidade de peixes, que seriam preparados para o banquete, que foi
elaborado com todo o requinte, objetivando agradar o Governador e sua comitiva.

Acesso ao Porto de Itaguaçú
PREPARATIVOS
Estavam no anoitecer do dia 16 de Outubro de 1717 e a temperatura era agradável,
com uma suave brisa que agitava as ramadas das árvores. Os pescadores fizeram
seus preparativos, colocaram as canoas no Rio Paraíba e remaram em busca dos
peixes, fazendo os primeiros lanços de rede no porto de José Correia Leite.
Com bastante habilidade e perícia, lançavam e recolhiam a rede em diversos
lugares, mas os peixes não apareciam. As horas corriam ligeiras, o relógio
já marcava 23 horas, sem que as redes dos barcos espalhados em diferentes
áreas, conseguissem trazer um peixe sequer.
Desiludidos, quase todos os pescadores abandonaram a pescaria aproximadamente
a meia-noite, certos de que aquele dia não era próprio para a pescaria, como
diziam: " os peixes tinham sumido do rio". Só permaneceu
um barco, com Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso,
cunhado de Domingos e tio de João.
PORTO DE ITAGUAÇÚ
Já rompia o dia com o clarão dos primeiros raios de sol, e os três pescadores
estavam bem distantes do local onde iniciaram a pescaria. Aproximavam-se do
porto de Itaguaçu, sem que seus esforços tivessem sido recompensados com uma
boa quantidade de peixes. O Rio Paraíba que era o sustento deles, nunca tinha
se portado assim, tão hostil. Mas não podiam desanimar, porque precisavam
do dinheiro que receberiam com a venda dos peixes. Tinham sérios compromissos
serem atendidos e também, não é todo dia que chega um visitante ilustre
em Guaratinguetá para ensejar-lhes a oportunidade de comercializar muitos
peixes. Era uma chance que precisava ser aproveitada.
Por causa da visita do Governador da Capitania, tinham sido recomendados
pelo pessoal da Câmara: "se levassem muitos peixes seriam bem
remunerados".
João Alves, o mais jovem, chegou a exclamar: "será
que pescaram todos os peixes do rio e esqueceram de nos avisar?" E no
silêncio da madrugada só se ouvia o riso humorado dos três, que sem compreenderem
o que acontecia, comentavam o fato com tranqüilidade de espírito e plena aceitação
da ocorrência , sem apelações, impropérios ou qualquer manifestação rancorosa.
Sem dúvida, precisavam dos peixes e lutavam tenazmente para conseguí-los,
mas aceitavam com dignidade o fracasso da pescaria.
Agora estavam no porto de Itaguaçú ... O suor brotava de suas fontes morenas,
queimadas pelo sol, enquanto perseverantemente insistiam na faina de lograr
êxito na pescaria. E aí aconteceu o imprevisível...
O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era
limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso
e João Alves resgataram a imagem de
Nossa Senhora Aparecida
de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então
governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá,
eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de
Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram
a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do
barco.
Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias
pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório
para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela
no alto do Morro dos Coqueiros.Como o número de fiéis fosse cada vez maior,
teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928
marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município
e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e
sua padroeira oficial.

A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955
teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a
de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício
em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves
com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os
272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil
carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.
ACONTECEU O MILAGRE
João Alves após lançar a rede em busca dos peixes, depara ao recolhê-la,
com o corpo de uma pequena imagem de barro, sem cabeça, embaraçada nas malhas
da rede. Examinou-a com cuidado e mostrou-a aos outros dois, que como ele,
ficaram admirados com o achado. Envolveu-a na sua camisa e colocou-a num canto
do barco. Remando um pouco mais para alcançar outra área, decidiu lançar a
rede em busca dos peixes. Seus companheiros silenciosamente observavam.
Outra surpresa ... Uma pequena bola de barro, bem menor que as malhas da
rede, vinha embaraçada nela. Cuidadosamente removeu o lodo com a mão e viu
tratar-se da cabeça da imagem! Era uma Santa feita de barro escuro... Era
a imagem de uma Senhora...
Os três estavam admirados!... Como foi possível as malhas da rede reter aquela
pequenina cabeça de imagem? Mas ela estava ali, desafiando as leis da física
e das probabilidades, uma linda imagem escura, com feições delicadas, 39 centímetros
de comprimento e pesando um pouco mais de quatro quilos. Era a Senhora "Aparecida"
que surgia num véu de espumas das águas barrentas do Rio Paraíba.
Quem a teria sepultado naquele leito, adormecida em espesso lençol de água
doce? Algum ladrão sacrílego que a arremessou ali envolto pelo remorso, ou
para se libertar do furto sacrílego que lhe corroia a alma? Ou, quem sabe,
alguma pessoa de fidelidade dúbia, que não recebendo o benefício de uma promessa
que fez a DEUS, vingou-se grosseiramente, desabafando sua decepção doentia
na pequena imagem, quebrando e lançando-a no rio?
Um verdadeiro mistério... Ninguém sabe como foi parar ali aquela imagem.
Um fato que desafia a toda imaginação e que jamais foi desvendado, apesar
de acuradas e perspicazes investigações.
A segunda peça encontrada, depois de limpa, foi também envolvida na camisa
de João Alves e juntas, ficaram depositadas num cantinho do barco. Uma atmosfera
de mistério cercou o espírito dos três homens... Estavam surpresos e maravilhados
com o que acabava de lhes suceder. Era portanto, muito natural que existisse
no íntimo de cada um, uma imensa expectativa ... E agora, o que irá acontecer?
Será que nos próximos lanços, as nossas redes trarão mais alguma "novidade"
para o barco?
Sem dúvida, era um grande suspense que os deixou momentaneamente pensativos
e indecisos, sem palavras e sem qualquer ação. Mas, a resposta àquela indagação
só poderia vir se eles fizessem novos lanços com a rede. E por isso mesmo,
a decisão não se fez esperar e a rede foi atirada novamente ao rio. Repleto
de expectativa e curiosidade, lentamente João Alves começou a recolhê-la,
e logo de inicio observou algo anormal, um peso volumoso que a pressionava
para baixo e quase arrastava o barco. Com dificuldade, os três se juntaram
e puxaram a rede retirando-a do rio. Que maravilha! ... Estava repleta de
peixes... Tão copiosa tornou-se a pesca, que em poucos lanços, encheu a canoa
com um pescado de excelente qualidade. E tantos eram, que logo encerraram
a pescaria, porque o barco já estava quase afundando com o peso.
Antes de se dirigirem à Câmara Municipal a fim de entregarem os peixes, levaram
a imagem para casa, deixando-a aos cuidados de Silvana da Rocha Alves, esposa
de Domingos, mãe de João e irmã de Felipe.
SIGNIFICADO DO MILAGRE
Foi um prodigioso milagre, análogo àquele que o Novo Testamento descreve,
ocorrido nas águas do Mar de Tiberíades (Lago de Genesaré), na Galiléia.
JESUS Ressuscitado, para se fazer conhecido pelos Apóstolos, mandou que lançassem
a rede à direita da barca. Eles embora titubeantes atenderam ao desconhecido
(porque não sabiam que era JESUS) e tiveram uma encantadora surpresa, ao verem
a rede milagrosamente cheia de peixes de primeira qualidade, depois de passarem
uma cansativa noite de labuta, sem terem pescado nenhum.(Jo 21,1-14)
Aqui, para nós brasileiros, a pesca milagrosa foi o sinal sensível que confirmava
a presença Divina entre nós. O encontro da pequena imagem, serviu para identificar
e nos lembrar a quem devemos recorrer nas dificuldades, nas angústias e tristezas
que acontecem na caminhada existencial e a quem devemos direcionar as nossas
súplicas para alcançarmos com mais facilidade e rapidez, a misericórdia do
SENHOR.
NOSSA SENHORA, MÃE DE DEUS E NOSSA MÃE, se faz representar por aquela pequenina
imagem de barro terracota, para percepção de todos e gravar indelevelmente
no coração de seus filhos, sua presença amorosa, maternal e plena de carinho,
no seio da nação brasileira, a fim de auxiliar e ajudar todos aqueles que
necessitam de sua inefável e tão eficaz proteção.
Por outro lado, a imagem quebrada, tendo o corpo separado da cabeça, suscita
em nossa mente a idéia de que o CRIADOR quer sempre restabelecer a união do
CORPO (o Corpo da Igreja, todos nós cristãos) com a CABEÇA (CRISTO JESUS é
a Cabeça da Igreja), recompondo a unidade CORPO-CABEÇA , que é justamente
a imagem de uma pessoa normal, conforme o modelo Divino. Esse modelo é sempre
quebrado pela humanidade, separando o Corpo da Cabeça, todas as vezes que
as pessoas se afastam do SENHOR, ou seja, todas as vezes que praticam uma
ação indigna, cometendo uma transgressão ou um delito, infligindo de alguma
forma a Lei de DEUS. Em outras palavras, sempre que é cometido um pecado,
as pessoas se afastam de DEUS, ou seja, elas que são parte do CORPO se separam
da CABEÇA da Igreja, que é CRISTO. Por outro lado, o CRIADOR quer que busquemos
a conversão do coração, procurando a nossa própria reabilitação espiritual,
para adquirir a integridade moral e recompor a unidade que o pecado separou,
o Corpo da Cabeça, e exatamente fazer isso por meio de NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
APARECIDA, porque Ela é nossa Mãe, Intercessora e Advogada de todas as causas
junto ao SANTO PAI ETERNO. Ela é a luz brilhante que ilumina e inspira os
nossos passos nas trevas da vida, é a poderosa e eficiente protetora contra
todas as investidas do demônio, que nos auxilia e defende contra o malígno.
A cor morena da imagem também tem um significado muito profundo, porque o
CRIADOR ao escolher a cor negra para representar NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
APARECIDA, quer simbolizar a fusão das diversas raças no território brasileiro,
ensinando-nos que devemos viver harmoniosamente sem preconceitos. Assim, o
culto a VIRGEM MARIA através da pequenina imagem escura, representa um sinal
e garantia de libertação de "todos os escravos", dos cativos da
opressão do trabalho que escraviza, dos prisioneiros do pecado e do vício,
dos escravos da cor, dos escravos das bebidas e das drogas, num grito de repulsa
contra o desamor, contra a falta de entendimento e contra as consciências
embotadas pela discriminação e pelo racismo.
UM RÚSTICO ALTAR
Silvana uniu a Cabeça ao Corpo da imagem com cera comum e conservou-a cuidadosamente
por quase 10 anos, mantendo-a num pequeno altar na sala de sua casa, onde
ela, os parentes, amigos e vizinhos, faziam orações e rezavam o Terço. Na
realidade, as duas partes só ficaram perfeitamente soldadas em 1946, quando
um especialista uniu-as com um pino de ouro e completou o acabamento externo.
ORATÓRIO DO ATANÁSIO
Por volta de 1726, quando Domingos e João Alves já tinham morrido e também
faleceu Silvana, Felipe Pedroso o único sobrevivente, guardou a imagem.
Primeiro residindo em terras de Lourenço de Sá, depois mudou-se para Ponte
Alta e finalmente fixou residência no porto de Itaguaçú, onde em 1739 veio
a falecer. Contudo, ainda em vida, confiou a imagem ao seu filho Atanásio
Pedroso, que construiu no quintal de sua casa um pequeno e tosco oratório
de madeira, onde a colocou. Ali, aos pés daquele humilde trono, aos sábados
congregavam-se os parentes e o povo da cercania, derramando preces e modulando
canções, testemunhando desta forma, a fé simples, mas sincera e ardorosa.
Aquele foi o primeiro trono da VIRGEM APARECIDA e onde Ela começou a irradiar
o seu amor e carinho, para todos que com fé e esperança, procuravam encontrar
DEUS através de sua maternal proteção. E dessa maneira, ali, no porto de Itaguaçú,
a imagem voltava, por assim dizer, ao local de origem, onde foi retirada das
águas do Paraíba.
Nos anos que decorreram entre o encontro da imagem até a sua colocação
naquele Oratório, nada de muito extraordinário foi constatado além da notável
pescaria, a não ser os depoimentos de algumas pessoas que ouviram diversas
vezes estranhos ruídos, como se fossem estrondos, dentro do baú onde a imagem
estava guardada, como diziam: "parecia que ela não queria ficar
lá dentro".
Consta também, que numa ocasião, estando Silvana com diversos amigos rezando,
as duas velas de cera que ficavam ao lado da imagem, apagaram-se, sem que
houvesse qualquer rajada de vento. Quando ela levantou-se para acende-las,
sem que chegasse a intervir, repentinamente acenderam-se, como a confirmar
a presença sobrenatural de nossa MÃE SANTÍSSIMA que acolhia prazerosamente
a oração dos seus filhos.
Todavia, foi mesmo no seu pequeno trono em Itaguaçú que começou a demonstrar
a grandeza de seu ilimitado amor, logo que recebeu as primeiras súplicas solicitando
o Divino auxílio, NOSSA SENHORA respondeu manifestando decididamente com prodígios
notáveis, permitindo que as notícias circulassem com rapidez e chegassem ao
conhecimento do Padre José Alves Vilela, que era o Pároco da Igreja Matriz
em Guaratinguetá. Ele ficou sabendo dos fatos, desde o achado da imagem aos
últimos acontecimentos. Decidiu mandar o sacristão, senhor João Potiguá, assistir
as rezas e observar o que estava ocorrendo. E com grande surpresa e satisfação,
certificou-se da verdade, passando a colecionar depoimentos de muitas pessoas
idôneas, conseguindo dessa forma, montar a história da pesca milagrosa com
os fatos extraordinários que aconteceram e as diversas curas milagrosas, colocando
tudo num livro que escreveu e guardava zelosamente para a posterioridade.
CAPELINHA DO PADRE VILELA
Com a ajuda popular, edificou uma Capelinha ao lado da casa de Atanásio,
a fim de que todas as pessoas tivessem livre acesso à imagem. Era uma Capelinha
de pau a pique que logo ficou pequena, em face da grande afluência de fieis,
tornando-se incapaz de abrigar tantas pessoas, em face do notável crescimento
da devoção a
NOSSA SENHORA APARECIDA. Era preciso construir
outra Capela, bem maior e num local mais adequado.
No dia 5 de Maio de 1743, Padre Vilela pediu ao senhor Bispo Dom Frei João
da Cruz, autorização para a construção de uma Capela maior, com espaço suficiente
para receber o grande número de fieis que acorriam de maneira admirável, para
rezar diante de NOSSA SENHORA. A solicitação foi concedida e a obra foi executada
em ritmo acelerado, sendo inaugurada no dia 26 de Julho de 1745, dois anos
após a concessão da autorização diocesana. Era uma bonita Igreja feita com
taipa e pilão, no Morro dos Coqueiros, local alto e agradável, com muito espaço
e uma linda visão do Vale Paraíba.
IGREJA VELHA

Capela construída no Porto de Itaguaçú
Entre os anos de 1883 a 1888, esta Capela Maior foi ampliada e reformada,
sempre com o objetivo de melhor atender a afluência de fieis, cada vez mais
crescente e fervorosa. Aquela Capela é a atual Igreja Velha de
NOSSA
SENHORA APARECIDA, também denominada Basílica Velha, situada do outro
lado da passarela monumental, em contínua atividade até hoje.
PRIMEIROS MILAGRES
MILAGRE DAS VELAS
Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa
se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo
acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este
foi o primeiro milagre de Nossa Senhora.
CAEM AS CORRENTES
Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes,
ao passar pelo Santuário, pede ao feitor permissão para rezar à
Nossa
Senhora Aparecida. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha e
reza contrito. As correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando
Zacarias livre.
O CAVALEIRO SEM FÉ
Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas
Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era
uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Não conseguiu.
A pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escadaria da igreja ( Basílica
Velha ), e o cavaleiro arrependido, entrou na igreja como devoto.
A MENINA CEGA
Mãe e filha caminhavam às margens do rio Paraíba, quando surpreendentemente
a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe: "Mãe como
é linda esta igreja" (Basílica Velha).
MENINO NO RIO
O Pai e o filho foram pescar, durante a pescaria a correnteza estava muito
forte e por um descuido o menino caiu no rio e não sabia nadar, a correnteza
o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pede a
Nossa
Senhora Aparecida para salvar o menino. De repente o corpo do menino
para de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continua e o pai salva
o menino.
O CAÇADOR
Um caçador estava voltado de sua caçada já sem munição, derepente ele se
deparou com uma enorme onça. Ele se viu encurralado e a onça estava prestes
a atacar, então o caçador pede desesperado a
Nossa Senhora Aparecida
por sua vida, a onça vira e vai embora
Fonte: www.geocities.com
Dia de Nossa Senhora Aparecida
Desde o descobrimento do Brasil cultiva-se aqui a devoção de Nossa Senhora.
Os portugueses descobridores do país tinham-na aprendido e usado desde a
infância; os primeiros missionários recomendavam e propagavam-na.
Aonde se fundavam cidades, construíram-se igrejas em honra de Nossa Senhora
Aparecida e celebravam-se com grandes solenidades as suas festas.
Foi certamente em recompensa desta constante devoção que a Virgem Santíssima
quis estabelecer no Brasil um centro de sua devoção, um trono de graças, um
santuário em nada inferior aos grandes santuários de outros países.

Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil
Data o ano de 1717 a origem da romaria de Nossa Senhora Aparecida. Três pescadores,
de nome Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, moradores nas margens
do rio Paraíba, no município de Guaratinguetá/SP, estavam um dia pescando
em suas canoas, sem conseguir durante longas horas pegar peixe algum. Lançando
João Alves mais uma vez a sua rede na altura do Porto de Itaguaçu, retirou
das águas o corpo de uma imagem, mas sem cabeça e, lançando mais abaixo de
novo a rede, colheu também a cabeça. Envolveu-a em um pano e continuou a pesca.
Desde aquele momento foi tão abundante a pescaria, que em poucos lances encheram
as canoas e tiveram de suspender o trabalho para não naufragarem.
Eram certamente extraordinários esses fatos: O encontro
da imagem, da qual nunca se soube que a tivesse atirado à água, o encontro
da cabeça a qual naturalmente devia ser arrastada mais longe pela correnteza
da água, e além disto dificilmente podia ser colhida em rede de pescador,
enfim, a pesca abundante que seguiu o encontro da imagem. Os pescadores limparam,
pois, com grande cuidado e respeito a misteriosa figura e com grande satisfação
verificaram que era uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Colocaram-na
no oratório de sua pobre morada e diante dela começaram a fazer suas devoções
diárias.
Não tardou a Virgem Santíssima a mostrar por novos sinais que tinha escolhido
essa imagem para distribuir favores especiais aos seus devotos. Diversas vezes
as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente
apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana.
Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem,
mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. Construiu-se dentro em pouco
um oratório e após alguns anos, com a intervenção do vigário da paróquia,
uma capelinha. As graças que Nossa Senhora ali concedia aumentavam e com elas
cresceu a concorrência do povo. Impunha-se a construção de uma capela maior,
e em lugar mais elevado. Estava ali perto o Morro dos Coqueiros, o mais vistoso
de todos os altos que margeiam o Paraíba. Ali, pois, no cume do morro foi
começada em 1743 a construção de uma capela espaçosa, a qual foi terminada
em 1745; no dia 26 de julho foi benta e celebrou-se nela a primeira Missa.
A imagem de Nossa Senhora da Conceição, já então chamada por todos de Aparecida,
estava em seu lugar definitivo e o morro que escolheu para fixar sua residência,
tomou por ela seu nome.
Aparecida tornou-se desde então conhecida pelos Estados vizinhos e por todo
o Brasil. Numerosas caravanas de romeiros vinham mesmo de grandes distâncias,
em viagens penosas de dias e semanas para visitarem Nossa Senhora Aparecida,
lhe renderem graças e pedirem proteção. O nome de Nossa Senhora sempre foi
no Brasil por todos invocado em momentos de aflição e perigo e sua devoção
é praticada em quase todas as casas.
A capela de Nossa Senhora Aparecida, durante o tempo, foi por diversas vezes
reformada, tornou-se igreja até chegar a atual basílica. A partir de 1894,
o prelado constatou número insuficiente de sacerdotes e por isso obteve a
vinda de religiosos da Congregação Redentorista que passaram a exercer a direção
espiritual da igreja e das romarias.
Novo progresso trouxe o ano jubilar de 1900, em que por iniciativa do bispo
do Rio de Janeiro e do Bispo de São Paulo, foram organizadas peregrinações
diocesanas e paroquiais ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Desde então,
além dos romeiros que vem sós ou em pequenos grupos, chegam anualmente em
Aparecida numerosas peregrinações chefiadas pelo respectivo bispo ou vigário,
contando com milhares de romeiros vindos de todos os pontos do Brasil.
Um grande dia foi para os devotos de Nossa Senhora Aparecida o dia 08 de
setembro de 1904 (dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição), em que a imagem
foi coroada por ordem do Santo Padre. Assistiram à grande solenidade o Núncio
Apostólico e todo o episcopado de diversas regiões do Brasil, além do presidente
da República, através de seu representante. Todo o episcopado e o povo fizeram
solene consagração a Nossa Senhora Aparecida com entusiásticas ovações a Nossa
Senhora no momento de sua coroação.
Depois da coroação, o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida
mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida,
indulgências para os romeiros que vem em peregrinação ao Santuário. Em 1908
elevou a Igreja de Nossa Senhora à dignidade de Basílica. Por esse motivo
ela foi solenemente sagrada a 5 de setembro de 1909 e no ano seguinte foram
nela depositados os ossos de São Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão
do Papa.
Nas festas e no congresso sempre se manifestou o desejo que Nossa Senhora
Aparecida fosse declarada oficialmente padroeira do Brasil e o episcopado
apresentou este desejo ao Santo Padre. Acolheu o Papa Pio XI favoravelmente
os pedidos dos bispos e dos católicos do Brasil e, por decreto de 16 de julho
de 1930 proclamou a Virgem Aparecida Padroeira principal de todo o Brasil.
Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao
Santuário o Título de “Rosa de Ouro”, reconhecendo a importância
da santa devoção.
Em 04 de julho de 1980, o Papa João Paulo II, em sua histórica visita ao
Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida em solene missa celebrada,
revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus.
No mês de maio de 2004, o Papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos
de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da
coroação da imagem e proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil
.
REFLEXÕES
Seria impossível enunciar e descrever os favores que Nossa Senhora Aparecida
já tem concedido aos seus devotos em suas necessidades, muitas vezes mesmo
milagrosos que a todos deixam admirados. Seria igualmente impossível contar
os benefícios espirituais que ela tem concedido pela conversão de pecadores
há muito afastados de Deus, pela tranqüilidade restituída a muitas consciências
e por inúmeras outras graças espirituais.
A devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, aprovada pela Santa Igreja
e confirmada por tantos milagres, é de sumo proveito para todos, e deve ser
praticada por todos os habitantes desta terra em que é gloriosa Rainha.
Fonte: www.paginaoriente.com